Evolução de enfermagem

Você sabe quais as diferenças entre as Anotações de Enfermagem e da Evolução?

Conforme observa-se no quadro abaixo pode-se afirmar que:


A Resolução do Conselho Federal de Enfermagem n. 358/2009 

Considera que a SAE deve ser realizada de modo deliberado e sua implementação ocorrer em todos os ambientes em que seja realizado o cuidado profissional de enfermagem, seja na atenção primária, secundária e terciária, e desenvolvida em instituição pública ou privada. 

No art. 2º dessa Resolução destacam-se as cinco (5) etapas inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes, a saber:

I – Coleta de dados de enfermagem (Histórico de enfermagem);

II – Diagnóstico de enfermagem;

III – Planejamento de Enfermagem;

IV – Implementação;

V – Avaliação de Enfermagem. 




No art. 4º da Resolução Cofen n. 358/2009, verifica-se o seguinte enunciado:


“Ao Enfermeiro, observadas as disposições da Lei n. 7.498, de 25 de junho de 1986, e do Decreto n. 94.406, de 08 de junho de 1987, que a regulamenta, incumbe a liderança na execução e avaliação do Processo de Enfermagem, de modo a alcançar os resultados de enfermagem esperados, cabendo-lhe, privativamente, o diagnóstico de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, bem como a prescrição das ações ou intervenções de enfermagem a serem realizadas, face a essas respostas”. 

Já o art. 6º referencia que a execução do Processo de Enfermagem deve ser registrada formalmente, envolvendo: 

a. um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; 

b. os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; 

c. as ações ou intervenções de enfermagem realizadas face aos diagnósticos de enfermagem identificados; 

d. os resultados alcançados como consequência das ações ou intervenções de enfermagem realizadas.

De acordo com a Resolução 358/2009, o Processo de Enfermagem (PE) é constituído basicamente de cinco (5) etapas:
 
Histórico de Enfermagem – (HE) que inclui Coleta de Dados e Exame Físico;

Diagnóstico de Enfermagem – (DE) pautado nos problemas identificados na fase anterior; 

Planejamento de Enfermagem – (PE)

Implementação de Enfermagem – (IE).

AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM

Este processo representa o instrumento de trabalho do enfermeiro com objetivo de identificação das necessidades do paciente apresentando uma proposta ao seu atendimento e cuidado, direcionando a Equipe de Enfermagem nas ações a serem realizadas. 

A Evolução de Enfermagem é um dos componentes do Processo de Enfermagem. Trata-se de um processo que representa desenvolvimento de um estado a outro. Para efetuar a Evolução, o enfermeiro necessita reunir dados sobre as condições anterior e atuais do paciente e família para, mediante análise, emitir um julgamento; mudanças para piora ou melhora do quadro, manutenção das situações ou surgimento de novos problemas. 

O enfermeiro, ao aplicar o Processo de Enfermagem como instrumento para orientar a documentação clínica, busca o desenvolvimento de uma prática sistemática, inter-relacionada, organizada com base em passos preestabelecidos e que possibilite prestar cuidado individualizado ao paciente. 


Regras gerais: 


A Evolução de enfermagem é uma atribuição privativa do enfermeiro, além de se constituir em um dever, de acordo com o Código de Ética e demais legislações pertinentes. 

Para ser considerado um documento legal é necessário: 

• Constar, obrigatoriamente, data, hora, tempo de internação, diagnóstico de enfermagem, assinatura e número do Coren;

• Discriminar, sequencialmente, o estado geral, considerando: neurológico, respiratório, circulatório, digestivo, nutricional, locomotor e geniturinário; 

• Procedimentos invasivos, considerando: intubações orotraqueais, traqueostomias, sondagens nasogástrica e enterais, cateterizações venosas, drenos, cateteres; 

• Cuidados prestados aos pacientes, considerando: higienizações, aspirações, curativos, troca de drenos, cateteres e sondas, mudanças de decúbito, apoio psicológico e outros; 

• Descrição das eliminações considerando: secreções traqueais, orais e de lesões, débitos gástricos de drenos, de ostomias, fezes e diurese, quanto ao tipo, consistência, odor e coloração; 

• Deve ser realizada diariamente;

• A Evolução deve ser realizada referindo-se às últimas 24 horas, baseandose nas respostas diante das intervenções preestabelecidas por meio da prescrição de enfermagem, bem como quanto aos protocolos em que o paciente está inserido, mantido ou sendo excluído; 

• Deve ser refeita, em parte ou totalmente na vigência de alteração no estado do paciente, devendo indicar o horário de sua alteração; 

• Deve apresentar um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequentes; 

• Deve constar os problemas novos identificados; 

• Utilizar-se de linguagem clara, concisa e exata, com ausência de códigos pessoais e abreviaturas desconhecidas. 

Procedimentos de enfermagem

 – o que anotar? 

Admissão 

• Nome completo do paciente, data e hora da admissão; 
• Procedência do paciente; 
• Condições de chegada (deambulando, em maca, cadeira de rodas, etc.); 
• Nível de consciência: Lucidez/Orientação; 
• Presença de acompanhante ou responsável; 
• Condições de higiene; 
• Presença de lesões prévias e sua localização: feridas corto-contusas, hematoma, úlceras de pressão ou crônicas, e outras;
• Descrever deficiências, se houver; 
• Uso de próteses ou órteses, se houver;
• Queixas relacionadas ao motivo da internação; 
• Procedimentos / cuidados realizados, conforme prescrição ou rotina institucional (mensuração de sinais vitais, punção de acesso venoso, coleta de exames, necessidade de elevação de grades, contenção, etc.); 
• Rol de valores e pertences do paciente; 
• Orientações prestadas; 
• Nome completo e Coren do responsável pelo procedimento. 

Alta 

• Data e horário; 
• Condições de saída (deambulando, maca ou cadeira de rodas, presença de lesões, nível de consciência, presença de dispositivos como sonda vesical de demora, cateter de duplo lúmen, etc.); 
• Procedimentos / cuidados realizados, conforme prescrição ou rotina institucional (mensuração de sinais vitais, retirada de cateter venoso, etc.); 
• Orientações prestadas; 
• Entrega do rol de pertences e valores ao paciente ou acompanhante; 
• Transporte para o domicílio: da instituição ou próprio; 
• Nome completo e Coren do responsável pelo procedimento

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